terça-feira, 17 de novembro de 2009


Sessão nº2 - REFLEXÃO

Reconhecemos o MAABE como um instrumento pedagógico e de melhoria contínua, que permitirá avaliar a BE e identificar os seus pontos fortes e fracos, possibilitando redefinir o trabalho da/com a BE e delinear planos de melhoria, não perdendo de vista o seu grande objectivo que é apoiar as aprendizagens dos alunos e a construção do conhecimento bem como promover a leitura e as literacias da informação. O Modelo será orientador das práticas a definir, identificando factores críticos de sucesso e sugerindo acções a desenvolver e prioridades de actuação.
Na verdade, nas nossas escolas apercebemo-nos da escassa relevância atribuída à BE, ao papel do professor bibliotecário e especialmente à avaliação desta, que muitos confundem ainda com a avaliação do próprio professor bibliotecário. “ They manage processes and activities and they make decisions that might lead to production of value to the users of the library…”(Cram 1999)De facto não é fácil mudar as mentalidades, mas cabe-nos a nós professores bibliotecários fazer o marketing da BE, dar os primeiros passos no sentido da sua divulgação, criando espaços de diálogo e abertura para passar a mensagem da BE e ganhar adeptos, gente que veste a camisola, que reconhece o trabalho aí desenvolvido e que passa a pensar com a BE e a trabalhar com a BE. É imprescindível ganhar a Direcção, a equipa de auto-avaliação da escola e os coordenadores dos departamentos curriculares. Vencidas as primeiras resistências, toda a escola, ainda que progressivamente, se apropriará da BE, como coisa sua também. Recolher evidências do trabalho que se faz e divulgá-las será também o caminho da divulgação, da aferição das práticas e da constatação do impacto da BE na Escola e nos seus utilizadores, pois o que verdadeiramente justifica a existência da BE são os resultados e o que eles acrescentam nas competências dos seus utilizadores – “What’s important is that tha gathered evidence highlights how thw librarian plays a crucial role in boosting student achievement, in shaping important attitudes and values, in contributing to the development of self-esteem, and in creating a more effective learning environment.” (Todd, 2003).
É evidente que este Modelo, apesar de ser uma prioridade para o professor bibliotecário, não é neste momento, a grande prioridade da maioria das escolas, a minha incluída, pois estas não vêem ainda a BE como o seu parceiro preferencial e não lhe reconhecem o papel que ela de facto tem. Não será por acaso que a metodologia de sensibilização e readiness, propõe, além da mobilização e empenho do PB e da sua equipa, acções formativas para a escola, comunicação estreita com os órgãos directivos e com as estruturas de coordenação pedagógica. Também a referência à importância de incluir a avaliação da BE e o seu impacto nas aprendizagens no relatório de auto-avaliação das escolas me parece determinante para que esta passe a ser olhada com outros olhos. De facto o Modelo não é simples, é extenso e a sua aplicação requer tempo e disponibilidade que o PB, a equipa e o funcionário (quando existe) não têm. O Modelo indica o caminho, a metodologia, a operacionalização. A obtenção da melhoria . Estou certa de que o processo de recolha de evidências não será simples, mas será o caminho – “…school libraries need to systematically collect evidence that shows how their practices impact student achievement; the development of deep knowledge and understanding; and the competencies and skills for thinking, living and working” – (Ross Todd)

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